Coimbra, 07 nov (Lua) - Um jogo de computador está a ser desenvolvido por investigadores da Universidade de Coimbra (UC) e pelo Hospital Pediátrico (HPC) para ensinar competências sociais às crianças com autismo, uma das suas maiores dificuldades.
"É muito difícil ensinar a estas crianças o comportamento e as regras sociais e o jogo permite-lhes fazer um treino virtual das competências e compreensão das regras, de modo a replicarem-nas na reabilitação", disse hoje à Lusa Guiomar Oliveira, que coordena a Unidade de Neurodesenvolvimento e Autismo do HPC, envolvida na validação do projeto, em conjunto com a Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA).
O projeto, ainda em protótipo, está a ser desenvolvido por uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) e nos próximos meses começa a ser testado em crianças autistas, disse à Lusa o investigador Marco Simões.
Segundo o investigador, os jogos existentes no mercado para as crianças autistas "não dispõem da componente neurofisiológica" e a "novidade" do projeto está na utilização da realidade virtual como ferramenta de treino de competências sociais no autismo, acompanhada com monitorização neurofisiológica".
A plataforma tecnológica em desenvolvimento engloba não só "um jogo de computador com capacete de realidade virtual ou óculos 3D mas também sensores de EEG (medidor de atividade cerebral), que registam o comportamento da criança durante o jogo e envia informação para um módulo online", depois interpretada pelos clínicos.
"A criança interage com pessoas virtuais para, no futuro, interagir com pessoas reais", explica o investigador, sublinhando que "os pais podem participar (ainda mais) ativamente na educação dos filhos"
O contacto com ambientes virtuais dinâmicos estimula não só o desenvolvimento social das crianças com autismo mas também "auxilia os médicos na avaliação clínica e monitorização da reabilitação".
"Este tipo de solução ajuda no diagnóstico precoce e a monitorizar os défices" das crianças com autismo, disse a médica do HPC.
Tendo em conta que uma das grandes dificuldades da criança autista é a "capacidade de interação social", o objetivo é que ela possa "no conforto do lar e num ambiente que não lhe é hostil, realizar os exercícios e, remotamente, fornecer informação para o clínico que o acompanha", sublinha, por sua vez, o investigador do Departamento de Engenharia Informática da UC.
O jogo ensina competências sociais como cumprimentar, sorrir, identificar expressões faciais e repeti-las e "a criança, para evoluir no jogo, tem de efetuar vários mecanismos de interação social, acabando por interiorizá-los e transpô-los para o dia-a-dia".
O estudo está a ser orientado pelos docentes Paulo Carvalho, da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCTUC), e Miguel Castelo Branco, do IBILI - Faculdade de Medicina da UC e, segundo Marco Simões, "não deverá estar no mercado antes de um ano".
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"É muito difícil ensinar a estas crianças o comportamento e as regras sociais e o jogo permite-lhes fazer um treino virtual das competências e compreensão das regras, de modo a replicarem-nas na reabilitação", disse hoje à Lusa Guiomar Oliveira, que coordena a Unidade de Neurodesenvolvimento e Autismo do HPC, envolvida na validação do projeto, em conjunto com a Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA).
O projeto, ainda em protótipo, está a ser desenvolvido por uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) e nos próximos meses começa a ser testado em crianças autistas, disse à Lusa o investigador Marco Simões.
Segundo o investigador, os jogos existentes no mercado para as crianças autistas "não dispõem da componente neurofisiológica" e a "novidade" do projeto está na utilização da realidade virtual como ferramenta de treino de competências sociais no autismo, acompanhada com monitorização neurofisiológica".
A plataforma tecnológica em desenvolvimento engloba não só "um jogo de computador com capacete de realidade virtual ou óculos 3D mas também sensores de EEG (medidor de atividade cerebral), que registam o comportamento da criança durante o jogo e envia informação para um módulo online", depois interpretada pelos clínicos.
"A criança interage com pessoas virtuais para, no futuro, interagir com pessoas reais", explica o investigador, sublinhando que "os pais podem participar (ainda mais) ativamente na educação dos filhos"
O contacto com ambientes virtuais dinâmicos estimula não só o desenvolvimento social das crianças com autismo mas também "auxilia os médicos na avaliação clínica e monitorização da reabilitação".
"Este tipo de solução ajuda no diagnóstico precoce e a monitorizar os défices" das crianças com autismo, disse a médica do HPC.
Tendo em conta que uma das grandes dificuldades da criança autista é a "capacidade de interação social", o objetivo é que ela possa "no conforto do lar e num ambiente que não lhe é hostil, realizar os exercícios e, remotamente, fornecer informação para o clínico que o acompanha", sublinha, por sua vez, o investigador do Departamento de Engenharia Informática da UC.
O jogo ensina competências sociais como cumprimentar, sorrir, identificar expressões faciais e repeti-las e "a criança, para evoluir no jogo, tem de efetuar vários mecanismos de interação social, acabando por interiorizá-los e transpô-los para o dia-a-dia".
O estudo está a ser orientado pelos docentes Paulo Carvalho, da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCTUC), e Miguel Castelo Branco, do IBILI - Faculdade de Medicina da UC e, segundo Marco Simões, "não deverá estar no mercado antes de um ano".
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